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Jovens da periferia aproximam comunidade e hip-hop




“O hip-hop é a junção de quatro elementos culturais: o break (dança), o rap (música), o graffiti (arte plástica) e o DJ, que é uma espécie de maestro”, explica Israel Batista, mais conhecido na dança como De Menor.

O grupo de dança de rua Tropa de Elite Fusion Style (TEFS), existente há dois anos é totalmente independente e reúne dançarinos de diferentes estilos – eletrodance, pop, break e free step.

De Menor enfatiza que durante muito tempo, o hip-hop no Acre explorava apenas dois elementos: a dança e o rap. “O DJ é uma arte que exige equipamentos caros”, diz Israel. “As tintas pra fazer o graffiti custam, em média, R$ 13 cada lata”, conta. “Para um jovem da periferia, tirar esse dinheiro do bolso nem sempre é possível, principalmente porque não se tem nenhum retorno financeiro” diz.

Com a desmarginalização do graffiti, a arte começou a ser incentivada, inclusive pelo Estado. Com o incentivo, hoje é possível a reunião da dança, do rap, do DJ e do graffiti em todos os eventos de hip-hop no Acre. “Preconceito ainda existe, não só pelo estilo, mas só de você ser um jovem da periferia, algumas pessoas já te olham com preconceito”, lamenta De Menor.

Além das apresentações culturais em eventos da cidade, o grupo realiza oficinas sobre o hip-hop em escolas públicas e centros culturais de Rio Branco. No primeiro semestre deste ano, o TEFS visitou 24 escolas públicas da capital.

De acordo com Israel, essa aproximação com a comunidade é uma maneira de tentar combater o preconceito que ainda existe com a dança de rua e com o hip-hop. “A gente leva a dança até as pessoas pra que elas possam conhecer a nossa arte, pois infelizmente ainda somos vistos pela comunidade de uma maneira equivocada, muitas vezes somos marginalizados”, conclui.

Assista o vídeo de apresentação do grupo:

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